quarta-feira, 24 de julho de 2019
Impressões literária sobre a literatura e a mulher sobre o livro de Virginia Woolf
Primeiramente, quero deixar às claras que Virginia Woolf é uma escritora maravilhosa em sua completude, nada deixa escapar a sua visão. Hoje estou aqui para falar de um livro de que degustei aos poucos na medida certa para não me embriagar totalmente. É um livro para leitores e escritores, denominado: a arte do romance.
Logo, pressupõe-se que trata de literatura pelo título do livro, mas, o livro é esmiuçado em textos pequenos, porém densos e críticos sobre a forma do leitor olhar para o escritor e o escritor olhar para o leitor. Virginia Woolf trabalha bem a critica referente aos resenhistas de livros dos quais ao seu olhar causam certo estardalhaço na vida de um autor com suas criticas incisivas fazendo com que os leitores fujam dos livros publicados. Este texto é o último do livro no qual está subdividido em seis partes.
Entretanto, vale ressaltar um texto do qual eu tive um leve e verdadeiro calor no coração e na alma, denominado: as mulheres e a literatura. Um artigo do qual é esbravejado o não poder - o que seria e esse não poder? As mulheres no século XVIII não podiam escrever, pois a escrita era dominada pelos homens; as mulheres eram acuadas a seus afazeres domésticos e cuidados com o marido. Somente no século XIX que existiram mulheres que se destacaram na literatura como Jane Austen, no entanto, ainda com ressalvas a fazer. Elas só podiam escrever romances, pois era a tarefa das quais elas tinham mais afinidades - suas emoções. Convenhamos que Razão e Sentimento é um livro bárbaro de tamanha volatilidade de sentimentos entre irmãs.
Portanto, ao término desse maravilhoso texto “as mulheres e a literatura”, Virginia Woolf arrisca um futuro incerto do qual mal ela sabia que estava certa: “Assim, arriscando uma profecia, as mulheres no futuro escreverão menos romances, mas melhores; e não apenas romances, mas também poesia, crítica e história. Mas nisso sem dúvida, estamos antevendo aquela idade dourada, talvez mítica, em que as mulheres terão aquilo que lhes tem sido negado por tantas eras: tempo, dinheiro e espaço próprio”. Magnífico, né? Como não suscitar a ideia de Clarice Lispector, Djamila Ribeiro, Lygia Fagundes Telles e Carolina Maria de Jesus: mulheres fortes que dominaram a palavra escrita da melhor forma que lhes aprouver como atualmente, Djamila Ribeiro domina textos curtos mais criticos sobre o olhar da mulher negra na sociedade brasileira, Djamila, uma escritora que sou um grande admirador.
Finalizando este livro me deu vontade enorme de escrever o meu segundo livro. Mas não um romance, mas sim, o meu segundo livro de contos, me veio ideias esparsas que precisam ser concretizadas. É um livro que conversa com o leitor e os apaixonados por livros. É um livro de cabeceira para ser relido quantas vezes forem necessárias como qualquer outro de Virginia Woolf. Recentemente eu li o livro “as mulheres devem chorar … ou se unir contra a guerra” que é belíssimo também.
Recomendo a todos a leitura, embora não tenha dado enfoque em todos os textos da maneira que é merecida, pois são meras palavras isto que acabei de escrever diante da obra estupenda que acabei de ler.
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