segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Um poema de Sylvia Plath





Hoje o Poesia em Foco mostra a poesia da Sylvia Plath, espero que gostem. Nunca tinha lido nada dela, mas passei a ler algumas pela Internet e comecei a gostar. Agora falta comprar um livro dela,  e vocês, já leram? O que acham da escritora e de suas poesias? Deixem nos comentários! 

Limite
A mulher está perfeita.
Seu corpo
Morto enverga o sorriso de completude,
A ilusão de necessidade
Grega voga pelos veios da sua toga,
Seus pés
Nus parecem dizer:
Já caminhamos tanto, acabou.
Cada criança morta, enrodilhada, cobra branca,
Uma para cada pequena
Tigela de leite vazia.
Ela recolheu-as todas
Em seu corpo, como pétalas
Da rosa que se encerra, quando o jardim
Enrija e aromas sangram
Da fenda doce, funda, da flor noturna.
A lua não tem porque estar triste
Espectadora de touca
De osso; ela está acostumada.
Suas crateras trincam, fissura.
(Tradução  Luiz Carlos de Brito Rezende)

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